RUBIACEAE

Psychotria subspathacea Müll.Arg.

VU

EOO:

3.907,745 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie nativa, endêmica do estado do Rio de Janeiro, ocorrendo nos municípios de Cachoeiras de Macacu (O. Thier 1053), Guapimirim (G. Martinelli 10340), na Estação Ecológica Estadual de Paraíso (B.C. Kurtz s.n.); Macaé (R.C. Forzza 2872), Niterói (R.H.P. Andreata 153), no Parque Estadual da Serra da Tiririca (A.A.M. Barros 3057); Nova Friburgo (R.C. Forzza 2781) Petrópolis (O.C.Góes 1006), Rio de Janeiro (A. Vaz 499), Teresópolis (A.P. Duarte 1619).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: B1b(i,ii,iii)+2b(i,ii,iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Espécie arbustiva, endêmica do estado do Rio de Janeiro, possui EOO=3418 km², AOO=56 km² e oito situações de ameaça, considerando as localidades de ocorrência e os vetores de pressão incidentes. Embora seja encontrada em quatro UCs, está sujeita a ameaças incidindo sobre todas elas. Assim, suspeita-se de um declínio contínuo tanto em EOO e AOO quanto em qualidade do hábitat. O maior número de registros está na Estação Ecológica Estadual de Paraíso, cujo solo apresenta trechos ocupados por matas secundárias ou agropecuária, voltados para pastagens e culturas de subsistência (Kurtz e Araújo, 2000). O turismo, no interior e nos arredores do Parque Estadual da Serra da Tiririca, é realizado de maneira desordenada e sem fiscalização (Barros, 2008), o mesmo se passando na APA de Macaé de Cima que também vem sendo alterada pela implantação de casas de veraneio, agricultura de subsistência e criação de animais (Marçal e Luz, 2000).

Último avistamento: 2014
Quantidade de locations: 8
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. (Martius) 6(5): 266. 1881 [1 Jul 1881] Semelhante a Psychotria lindleyana mas com folhas menores e ramos mais delicados.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Arbusto, terrícola, ocorre na Floresta Ombrófila da Mata Atlântica (Taylor et al., 2014).
Referências:
  1. Taylor, C.; M. Gomes; Zappi, D. 2014. Psychotria in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB39223>. Acesso em: 27 Abr. 2015

Reprodução:

Detalhes: Coletada em flor nos meses de outubro (Andreata 153), novembro (Andreata 604), dezembro (Martinelli 10509); com frutos nos meses de outubro (H.C.Lima 2254A), novembro (Martinelli 10340), fevereiro (Martinelli 10063), março (Forzza 2872), abril (T.Fontoura 290).
Fenologia: flowering (Oct~Dec), fruiting (Oct~Apr)
Síndrome de polinização: psicophily
Dispersor: Frutos dispersos por aves (Zappi, com. pess.)
Síndrome de dispersão: ornitochory
Polinizador: Polinizada por borboletas (Zappi, com. pess.)

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.2 Small-holder farming locality,habitat past,present,future regional high
A Estação Ecológica do Paraíso possui trechos de seu solo ocupados por matas secundárias ou ocupação agropecuária, voltados para pastagens e culturas de subsistência (Kurtz e Araújo, 2000).
Referências:
  1. Kurtz, B.C., Araújo, D.S.D. de, 2000. Composição florística e estrutura do componente arbóreo de um trecho de Mata Atlântica na Estação Ecológica Estadual. Rodriguésia 51, 69–112.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas locality,habitat past,present,future local high
A ocupação de posseiros no Pico do Frade, em Macaé, intensificaram seu desmatamento ao longo das últimas décadas (Martinelli, 1996). As regiões florestadas foram muito exploradas e os Campos de Altitude são os que se encontram em pior estado de conservação (Martinelli, 1996).
Referências:
  1. Martinelli, G., 1996. Campos de Altitude. Editora Index, Rio de Janeiro, RJ.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1 Fire & fire suppression locality,habitat,occupancy,occurrence past,present,future local high
A ocupação de posseiros no Pico do Frade,ocorreu de maneira intensa e é acompanhada de queimadas para o trato do solo, afetando as regiões de Floresta e dos Campos de Altitude (Martinelli, 1996).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat,occupancy past,present,future local high
O turismo ocorrente no interior e arredores do Parque Estadual da Serra da Tiririca é realizado de maneira desordenada e com carência de fiscalização (Barros, 2008).
Referências:
  1. Barros, A.A.M. de, 2008. ANÁLISE FLORÍSTICA E ESTRUTURAL DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA, NITERÓI E MARICÁ, RJ, BRASIL. Escola Nacional de Botânica Tropical.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas locality,habitat past,present,future regional high
O crescimento imobiliário é um dos principais problemas que afetam a Serra de Macaé, localizada entre os municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes, gerando desmatamento dos remanescentes da Mata Atlântica (Marçal e Luz, 2000).A atividade do turismo vem contribuindo de forma acelerada para a degradação do meio ambiente na região da Serra de Macaé, através do acúmulo de lixo nos locais mais visitados (Marçal and Luz, 2000).
Referências:
  1. Marçal, M. dos S., Luz, L.M. da, 2000. Planejamento e gestão da Bacia do Rio Macaé – Litoral Norte Fluminense, com Base em Estudos Integrados de Geomorfologia e Uso do Solo. Anais. IX Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário. ABEQUA. Recife. 5 p.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie é encontrada na Estação Ecológica Estadual de Paraíso (Fontoura 290), no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Andreata 153), na APA de Macaé de Cima (Forzza 2781), PARNA da Tijuca (Vaz 499).